Parece complicado distinguir o violeta do lilás, cores raras
na natureza. Mas um é a mistura de vermelho e azul, o outro tem a mesma mistura
e, ainda, branco. A união dos opostos simboliza o violeta. Li que artistas
experimentam usar, inclusive, cores que desgostam e conhecer o efeito delas, em
consequência, descobrem uma beleza que desconheciam. Interessante!
Violeta é a cor da teologia. Estou em Roma, de férias, esta
cor litúrgica da Igreja é, também, a cor da penitência.
Nas vestimentas o violeta é percebido como extravagante, como
ousado. Lembrei-me da Marquesa Casati rsrs. Pura singularidade. Era a cor
predileta de Elizabeth Taylor, combinava com seus olhos. É a cor da vaidade.
No violeta os opostos se fundem, vincula a sensualidade à
espiritualidade, o amor à abstinência. Marca o visível com o invisível, antes
de anoitecer é a última cor que antecede a escuridão total. É a fantasia, a
busca anímica, tornar possível o impossível. Para os esotéricos, é a cor do
cérebro, conecta sentimentos e inteligência.
Em meados de 1900, a estética artificial era violeta,
cultuado na decoração de interiores, eram combinados com preto. Cenário de
femmes fatales, na década da malva. O violeta se relaciona com as mulheres, em
1920 pela luta em favor do voto, nos anos 1970 pela luta por salários e o
direito ao aborto. 50 anos de feminismo!
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