Faz um tempinho que não se tem o “momento reflexão” no
blog...então, para esta semana eu trago a inclusão social e o consumo para que
possamos centralizá-los, por um momento, no nosso caldeirão de pensamentos.
Primeiramente convém dar alguma definição quanto à inclusão social: a) inclusão
social de grupo não é algo meramente simbólico, pois contém implicações
econômicas (Silver, 2005); b) caracteriza-se pela busca da redução da desigualdade
(Wixey et al, 2005). Consumo, por sua vez é fazer uso de bens e serviços,
portanto a inclusão e o consumo têm implicações econômicas.
Mas sobre o que vamos refletir? Nós iremos refletir sobre
consumir, ou adquirir, ou usar, ou gastar para que possamos estar inclusas em
algum meio social. Exemplo: comprar o tênis da marca famosa de corrida para
irmos para a academia, comprarmos o smarthfone intuitivo para termos o mesmo
aparelho do diretor da empresa, e assim por diante. Alguém pode estar se
perguntando, ou me perguntando, por que? Rsrs. Bem, porque, perceba, não há
nada de errado em comprar o tênis para ir à academia, contanto que você corra.
Ter o aparelho do seu chefe não faz de você alguém do mesmo balaio “chefes”.
Além disso, as implicações econômicas, quero dizer, o seu saldo financeiro pode
ser arruinado, mitigado e se você não correr, não terá nem o objetivo que a corrida dá, atingido, e nem a grana para aquilo que realmente faz diferença na sua
vida.
Vemos, deste modo, que algumas vezes o consumo não reduz a
desigualdade ou a distância que temos de um grupo que admiramos. Se seu sonho é
correr e fazer parte do grupinho que corre durante a noite e faz trilhas aos
finais de semana, mas na verdade, você é surpreendida por um bloqueio muscular
(talvez até mental) ao subir numa esteira ou pisar num asfalto... gata, correr
não é a sua, se fosse você estaria lá, toda suada. Aí que vale a gente refletir
sobre as nossas decisões de gastos, desejos e capacidades. Honestamente eu, por
exemplo, acho um barato aqueles shows com milhares de pessoas cantando e
curtindo, sério, meus olhos brilham. Mas eu tenho consciência absoluta de que
dificilmente eu ficaria horas na fila e horas em pé, ou horas pulando, ou
suportando qualquer sacrifício que se passa numa platéia. Sim, eu adoraria, mas
seria sacrificante demais. Amo, mas não posso!
Quantas vezes e em que situações consumimos, só, para
pertencermos, ou porque pretendemos pertencer, a algum determinado grupo? E o
que isto representa de fato? Faz sentido? Quais são as opções? Pensemos.
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